segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Como parecer um intelectual sem sê-lo:



Quando questionado sobre problemas sociais, afirme que a maioria dos problemas sociais, como a corrupção e a marginalidade são culpa do sistema. Escolha suas palavras de modo a atingir seu interlocutor promovendo uma sensação de maioridade intelectual por conta dos termos empregados, que devem fugir do comum, não cedendo aos vocábulos empregados no cotidiano: beletrismo, qualquer merda dita com palavras difíceis parece algo importante. Quando o assunto for religião, prefira o ateísmo. Atualmente ele serve de escudo intelectual, sob a égide de Dawkins e cia. Faça como fiz na frase anterior, à título de exemplo: cite o nome de um pensador "fodão", de um cara conhecido, mesmo que na verdade você não saiba porra nenhuma sobre o que ele disse, ao menos não em propriedade. Você apenas ouviu falar, mas como disse, o objetivo aqui é soar intelectual, não sê-lo. Quando, não obstante, uma postura não ateísta for mais apropriada, seja genérico: "respeito todas as religiões, minha religião é fazero bem!" A maioria das pessoas acreditará, ou fingirá acreditar, e já que em nossos tempos a aparência faz as vezes de realidade, não fará diferença. Nesse caso, seja ao menos anti-cristão. Grande parte dos ateus hoje em dia são mesmo anticristãos, eles atacam mais especificamente o cristianismo, já que é a religião mais proliferada no Brasil. Quando do estudo da história, por exemplo, lembre-se: os negros foram oprimidos, os brancos, opressores, e a Igreja Católica, a maldita usurpadora e opressora do mundo. Reafirmando esses pontos de novo, e de novo, e de novo, e novamente - mas sempre de forma rebuscada, usando palavras difíceis, etc. Assim todo mundo dirá que você é uma pessoa sofisticada, tem senso crítico, alguns até dirão de ti, que é um gênio.

*Esse manual pode ser de grande valia para universitários em geral. Vale a pena ter, também, uma coleção de citações à manga, para uso em momentos particulares, quando se quer impressionar um pouco mais.

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