sexta-feira, 27 de abril de 2012

Em respeito à arte de dublar:


Eu não costumo assistir filmes dublados, prefiro aqueles com o áudio original, quando posso ouvir a voz própria do ator em cena, e não uma voz estrangeira "acoplada" ao corpo-mente-espírito do ator em ação.  Por outro lado, acredito que a arte de dublar deva ser valorizada. Trata-se sim de um trabalho de ator, um ator da voz, e de caráter muito específico, pois deve conseguir não só construir vocalmente uma personalidade que se encaixe no corpo alheio, como con-viver com a ação cênica da película, de modo a convencer com a voz dublada. Não me lembro muito bem quem disse isso, mas ouvi de alguém que a maestria na arte da dublagem é atingida quando o som dublado chega a ser melhor que o original.

Me é impossível conceber o Chaves, por exemplo, senão com a voz de Marcelo Gastaldi, ou o Kiko, ou seja, Nelson Machado, a Chiquinha, isto é, Cecília Lemes; Helena Samara, a Bruxa do 71, a Dona Florinda, ou seja, Martha Volpani. É isso, porque esse é um caso em que o dublador acaba por se transformar na imagem sonora inconfundível do personagem, proporcionalmente à importância do personagem no imaginário popular. Se você ainda não os viu, veja:








E aqui você pode perceber: dublar pode ser estressante! :












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